Desenvolvimento Morfossintático

 


Desenvolvimento Morfossintático

Olá leitores, hoje voltamos com mais um tema muito pertinente, o desenvolvimento morfossintático. Esse tema é muito importante para que observem em suas crianças a correta cronologia dos marcos presentes nele. Então vamos as explicações.

A Morfossintaxe pode ser definida como a análise realizada nas orações, dentro de um contexto morfológico e sintático. A morfologia pode ser explicada como o estudo da formação das palavras, suas flexões, suas funções e relações nas frases. Enquanto a sintaxe estuda a organização das palavras para produção e compreensão de frases. Esses dois conceitos ocorrem de maneira interdependente.

Após a definição, agora iremos falar sobre os marcos, a partir dos 9 meses a criança passa a produzir holofrases, ou seja, emitem palavras isoladas, mas que possuem um significado complexo de uma frase. De 18 a aproximadamente 20 meses a criança produz enunciados de 2 ou mais palavras, sendo essas na maioria das vezes substantivos sem flexão. Aos 22 a aproximadamente 30 meses a criança passa organizar e produzir frases com maior número de palavras, sendo essas de diferentes classes, flexões e combinações. Ainda explicando essa faixa de maneira mais aprofundada, dos 24 a 26 meses aparecem advérbios, dos 26 a 28 meses surge a relação de posse e adjetivos e aos 30 meses aparecem enunciados ordenados corretamente. A partir de 36 meses a criança começa a fazer uso da metalinguagem tendo diferentes percepções referentes ao som, posição e função sobre as frases. De 3 a 4 anos a criança produz frases coordenadas onde aparecem conjunções e uso de palavras no passado, presente e futuro. Dos 4 aos 6 anos aproximadamente, a criança já produz frases subordinadas e utiliza de maneira correta os tempos verbais. Nesse período a criança já começa a utilizar os verbos irregulares de maneira correta.

Entender como a consciência morfossintática se desenvolve e como ela interage com a alfabetização se torna fundamental para que possamos observar e intervir com a ajuda do fonoaudiólogo caso seja necessário. 


     Postagem realizada por estudantes do curso de fonoaudiologia da faculdade de medicina da USP-Ribeirão Preto referente a disciplina Aquisição e Desenvolvimento de Linguagem e Fala II.


    Estudantes: Ana Luiza Roncato, Bianca Gomes Bortoletto e Júlia Fonsi Sanchez


Referências bibliográficas:

MOTA, Márcia da et al . Consciência morfossintática, alfabetização e contextos do desenvolvimento. PsicoUSF, Itatiba , v. 14, n. 1, p. 11-18, abr. 2009. Disponível em . acessos em 20 maio 2021.

CORREA, Jane. A avaliação da consciência morfossintática na criança. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 18, n. 1, p. 91-97, 2005.

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